Pablo Marçal
Condenação
O que Marçal disse: que não há condenação contra ele.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. Marçal foi condenado em 2010 pela Justiça Federal de Goiás por furto qualificado. Ele foi acusado de participar, em meados de 2005, de uma organização criminosa que invadia contas bancárias pela internet. Conforme a sentença, Marçal “cuidava da manutenção dos equipamentos de informática do grupo criminoso, além de realizar a captação de listas de e-mails para a quadrilha”. O candidato também alega que o crime prescreveu. De fato, ele nunca foi preso, e a condenação prescreveu em 2018.
Outro lado: A assessoria de Marçal afirmou que “houve uma sentença em primeira instância”, que “foi contestada por meio de recursos cabíveis”. Segundo a equipe do candidato, o prazo para que o Estado recorresse da ação passou, “resultando na prescrição do caso”. A assessoria afirma que “não houve trânsito em julgado da sentença”. “Ou seja, a decisão nunca se tornou definitiva. Jamais ocorreu condenação”. O Verifica mantém o veredito da checagem.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: há uma alegação falsa.
Marçal, no entanto, mentiu sobre o apoio de Boulos ao Hamas. O candidato do PSOL já condenou os atos do grupo terrorista. Em 10 de outubro de 2023, o deputado se solidarizou com as famílias vítimas dos ataques propagados pelo Hamas, durante discurso na Câmara. Ele disse que “nada justifica o assassinato de civis inocentes” e que “é importante lembrar que o Hamas não representa o conjunto do povo palestino”. Após o presidente Lula comparar a situação da Faixa de Gaza com o Holocausto, Boulos condenou o terrorismo: “Eu já deixei claro o meu posicionamento, acho que a diplomacia brasileira também, que é um posicionamento que condena os ataques terroristas feitos pelos Hamas, exige a libertação dos reféns, ao mesmo tempo que condena os ataques desmedidos feitos pelo exército de Israel, sob o comando de Benjamin Netanyahu”.
Trabalho de Boulos
O que Marçal disse: que Boulos nunca trabalhou.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso. Boulos é graduado em Filosofia e mestre em psiquiatria pela Universidade de São Paulo. Foi professor da rede pública de ensino do Estado, da Faculdade de Mauá e da Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O candidato foi coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) mas se afastou do cargo após ser eleito deputado federal, em 2022.
Tabata Amaral
Obras sem licitação
O que Tabata disse: que Nunes é recordista de obras sem licitação. Foram quase R$ 5 bilhões em obras assim.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é verdade que a gestão Nunes foi recordista em gastos sem licitação, de acordo com reportagem do UOL. Nunes gastou 295% a mais que os quatro prefeitos anteriores juntos. Porém, o número citado por Tabata é exagerado. Foram R$ 2,87 bilhões gastos em 2023.
Educação em tempo integral
O que Tabata disse: que apenas 6% das crianças estudam em tempo integral.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é subestimado. Segundo dados da organização Todos Pela Educação, 100% das crianças de 0 a 3 anos ficam em período integral em creches. No período pré-escolar (4 a 5 anos), são 11% das crianças em tempo integral. Nos anos iniciais (6 a 10 anos), 8% estão em tempo integral e em anos finais na rede municipal (11 a 14 anos), são 4% em período integral.
Ligação do PRTB com o PCC
O que Tabata disse: que o presidente do partido de Marçal confessou em áudio ser ligado ao PCC.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é verdadeiro. De fato, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem sobre uma suposta gravação em que o presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Leonardo Avalanche, afirmaria manter vínculos com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Folha, a veracidade do áudio foi confirmada com “duas pessoas que participaram do momento e outras três que são do entorno do atual presidente do PRTB”. Por outro lado, Avalanche disse “não reconhecer sua própria voz no áudio nem a veracidade da gravação”. Ele também negou ter vínculos com o PCC.
Matéria retirada do site Estadão.
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