quarta-feira, outubro 31, 2012

Leiam com atenção, podemos ser os próximos.


Agentes Penitenciarios e Agentes Socioeducativos do DF estão bem próximo da liberação do porte de arma!


A Câmara Legislativa aprovou nesta terça-feira (23) o projeto de lei nº 1185/2012, que estabelece procedimentos para o porte de armas de fogo, mesmo fora do horário de serviço, para os agentes de atividade penitenciária.
Dezenas de representantes da categoria comemoraram a aprovação da proposta nas galerias do Legislativo local. O projeto foi aprovado em redação final e segue agora para sanção do governador Agnelo Queiroz.
Distritais aprovam porte de arma para agentes penitenciários
A deputada Celina Leão (PSD), uma das primeiras a discutir o tema na Casa, abriu mão da autoria do projeto que acabou sendo assinado por praticamente todos os deputados. O texto final foi aprovado com 17 votos favoráveis e apenas a abstenção da deputada Arlete Sampaio (PT), líder do governo.
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De acordo com o projeto, os agentes penitenciários poderão utilizar as armas de fogo fornecidas por suas corporações ou instituições, mesmo quando estiverem fora do horário de trabalho. Para assegurar o direito, o agente deverá comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica.

O projeto, segundo informações publicadas pelo site da Câmara Legislativa do DF, estende o direito ao porte de arma também aos atendentes de reintegração social que atuam no Sistema Socioeducativo do Distrito Federal.
fonte: R7
Após a votação, vários deputados distritais ocuparam a tribuna para destacar a importância do porte de arma para assegurar a integridade física dos agentes e de seus familiares.

As verdades da segurança pública.



Segurança Pública em SP: uma engrenagem de mortes e impunidade

Mudanças no alto escalão da Secretaria de Segurança Pública e na Polícia Militar, denúncias de corrupção e histórias novelísticas, algumas delas desvendadas em capítulos pela mídia nos últimos meses, expuseram parte da estrutura dos governos tucanos – há 17 anos no Palácio dos Bandeirantes - que reforçou a violência policial e a impunidade como características de políticas do Estado.
São Paulo - Um dos episódios mais bárbaros de violência policial da história do país completa 20 anos no próximo dia 2 de outubro. O Massacre do Carandiru aconteceu na véspera das eleições municipais paulistanas que elegeram Paulo Maluf (antes PDS, agora PP) como prefeito. Era um momento em que a violência era escancaradamente defendida como política pública de segurança ilustradas pelo mantra malufista “Rota na rua”. Só naquele ano, a polícia matou cerca de 1400 pessoas. Ao mesmo tempo que é um exemplo de violação dos direitos humanos praticado pelo Estado, Carandiru é também um caso emblemático de impunidade. Apenas uma pessoa foi condenada até hoje, dentre todos os policiais que invadiram o presídio e mataram mais de cem presos à sangue frio.
O tempo passou sob o governo do PSDB. Em 2006, o governo tucano de Geraldo Alckmin selou de vez o compromisso do Estado com os setores mais violentos da polícia, ao jogar para debaixo do tapete centenas de mortes cometidas por policiais durante confronto com o PCC, a maioria delas com marcas evidentes de execução. A maioria dos assassinatos ocorreu nas periferias da cidade de São Paulo e na Baixada Santista.
Foram os mesmos personagens que se moveram na cena policial nos dois episódios e em outros de menor notoriedade, mas que expõem a polêmica relação das polícias com o crime organizado. Vários personagens envolvidos nesses casos permanecem ligados entre si, presentes e poderosos na vida política.
Mudanças no alto escalão da Secretaria de Segurança Pública e na Polícia Militar, denúncias de corrupção e histórias novelísticas, desvendadas em capítulos pela mídia nos últimos meses, expuseram parte da estrutura dos governos tucanos – há 17 anos no Palácio dos Bandeirantes - que reforçou a violência policial e a impunidade como características do Estado.

Do Carandiru ao PCC

As políticas de segurança eram centrais na gestão do governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB, 1991-1994). O decreto 33.134, pelo qual as unidades prisionais deixaram de ser responsabilidade da Secretaria da Justiça e passaram para a área de Segurança Pública, data do primeiro dia de seu governo, 15 de março de 1991. A “militarização” do sistema prisional estava longe de ser conflitante com a personalidade do governador do Carandiru, cuja origem era o Ministério Público: no governo anterior, de Orestes Quércia (PMDB, 1987-1991), Fleury ocupava a Secretaria de Segurança Pública. Posteriormente, em 1993, depois do Massacre do Carandiru, foi criada a Secretaria de Administração Penitenciária. Nesse período, prevaleceu como política de segurança o encarceramento em massa, expressa na maior curva de crescimento na história, até os anos 2000. Junto com isso, o Estado viu também, depois do massacre realizado pela PM no Carandiru, nascer o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Existem várias versões acerca do momento exato do surgimento do PCC. Mas nenhuma delas contesta o fato que este teve como mote, inicialmente, responder às políticas prisionais do Estado e ao mesmo tempo estabelecer normas de convivência entre os presos. Essa articulação nos porões do sistema penitenciário sempre foi sustentado pela chamada economia do crime, principalmente o tráfico de drogas.
Alessandra Teixeira, do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), acredita que “foi justamente pelos efeitos perversos da atuação do Estado, sobretudo na omissão e na violência institucional, que nasceu o PCC. Mas como ele vai se expandir no sistema? Ele mantém o monopólio de uma economia criminal lá dentro e vai transacionando com o Estado. E vai assumindo gradativamente o papel de gestão desta população prisional que deveria ser desempenhado pelo Estado”.
Desde o início do PCC, muitos outros episódios demonstraram conflito entre esta organização criminosa e o Estado – na maioria das vezes com o seu braço armado, a polícia. O sistema prisional se expandiu também territorialmente e levou o germe da organização criminosa para outras cidades do interior. E o controle do PCC sobre as drogas o levou para muito além dos muros das penitenciárias.

Do PCC a maio de 2006

Um segundo episódio onde a polícia paulista demonstrou truculência indiscriminada aconteceu em maio de 2006. Na versão contada pela grande mídia, o episódio ficou conhecido como “os ataques do PCC”. Na visão de familiares de mortos no conflito, são os “os crimes de maio”. Foram assassinadas, só naquele episódio, 493 pessoas, segundo o Conselho Regional de Medicina de SP. Um estudo da ONG Justiça Global, “São Paulo sob achaque”, aponta que policiais realizaram, entre os dias 12 e 20 de maio, 126 mortes, classificadas como “resistência seguida de morte”. Mas há indício, inclusive o estudo e pelos laudos, de envolvimento de policiais fardados ou encapuzados em muitas outras execuções. O caso completa seis anos e também está em aberto.
O conflito, além do aspecto da violência policial, parece se interligar com o próprio Massacre do Carandiru. Em outubro de 2005, José Ismael Pedrosa, diretor do presídio na época do massacre, foi assassinado quando retornava para sua casa, depois de votar no referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo. Em maio de 2010, foram condenadas três pessoas – segundo a polícia, integrantes do PCC – pelo seu assassinato.
Pedrosa, além de ter sido diretor do Carandiru, foi diretor da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté durante muitos anos. O presídio é conhecido por adotar o chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na qual as regras internas são consideradas muito mais rígidas. A elas foram submetidos muitos membros do PCC. Um deles, o Geleia, foi apontado pelo Ministério Público de São Paulo como o planejador do sequestro da filha do então diretor penitenciário. A história do PCC, portanto, passou, e muito, por dentro deste presídio, já que eles questionavam e se organizavam a partir das práticas adotadas nas prisões.
Por coincidência ou não, um outro personagem do Massacre do Carandiru voltou às manchetes um mês antes dos Crimes de Maio. Coronel Ubiratan Guimarães, comandante da operação, foi acusado de matar 102 pessoas durante a ação no presídio. Ubiratan havia sido condenado em 2001 a 632 anos de prisão e pode recorrer em liberdade até ser absolvido em instância superior, em fevereiro de 2006. Maio passou, e ele foi encontrado morto em seu apartamento, em setembro daquele ano. A primeira suspeita é que membros do PCC seriam os responsáveis, mas sua ex-esposa foi condenada justiça pela sua morte.
Cláudio Lembo (na época, do PFL), que havia assumido o governo do Estado de São Paulo no dia 30 de março de 2006, após a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência da República, descartou a hipótese de envolvimento do PCC na morte do coronel, até porque, naquele momento, o discurso oficial visava consolidar a tese de que a polícia havia reagido com “vigor” justamente para acabar com o poder do PCC. As suspeitas de envolvimento do PCC no assassinato, no entanto, foram motivo também de mensagens do consulado americano em São Paulo, por meio do cônsul-geral, Christopher McMullen, com outros consulados (revelados pelo Wikileaks em 2011).
No dia 31 de maio de 2006 entra em cena o personagem que pode ter coesionado parte desta relação entre Estado e PCC. Antônio Ferreira Pinto assumiu a Secretaria de Administração Penitenciária, e, sob o governo de José Serra (PSDB) em 2009, tornou-se secretário de Segurança Pública, cargo que ocupa até hoje.
Saulo de Castro é outra figura presente até hoje, mesmo discretamente, já que é o titular da Secretaria de Transportes. O promotor de justiça era o Secretário de Segurança Pública em 2006, no período dos conflitos com o PCC. Em 2011, o Tribunal de Justiça determinou e o Ministério Público passou a investigar o envolvimento de Castro no Massacre do Castelinho, caso onde presos – supostamente ligados ao PCC - foram retirados ilegalmente dos presídios e metralhados dentro de um ônibus por mais de cinquenta policiais na rodovia Castelo Branco.
Hoje, entidades de direitos humanos apontam que os “ataques do PCC” podem ter sido motivados por um desentendimento entre a Polícia Civil e a organização criminosa. O delegado investigativo Augusto Pena chegou a ser preso em 2007, por ter sequestrado e extorquido o enteado de um dos líderes do PCC, o Marcola. Esse pode ter sido um dos motivos para início dos confrontos, pois ele usava das investigações policiais para extorquir criminosos. O relatório “São Paulo sob achaque” aponta que haviam negociações entre a polícia e a organização criminosa antes do ataque, e, que, para o fim do conflito em maio, também foram realizadas novas negociações.
Já naquela situação, o alto escalão do governo sinalizava, por um lado, o diálogo entre forças com o PCC, e, de outro, métodos de utilização da estrutura policial para exercer diferentes tipos de negociação. O ex-secretário adjunto de Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto, foi acusado de receber propina para anular demissões de policiais acusados de corrupção – como o próprio Augusto Pena, que o acusou -, já que ele assinava as decisões sobre esses processos administrativos que investigavam irregularidades. Ele pediu demissão em 2008.

2012, 2006 e 1992

Novos capítulos, reproduzidos ou não pela grande mídia, demonstraram conflitos internos na polícia paulista. Mas não só. Expuseram a rede política do governo do estado - envolvendo os setores mais retrógrados e violentos da polícia. A atual corrupção policial, relação com o crime organizado e a impunidade se encontram no tempo com o Massacre do Carandiru e os Crimes de Maio de 2006.
A primeira mudança significativa aconteceu em novembro de 2011, quando o coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada se aposentou e passou o comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para o coronel Salvador Modesto Madia. Nos dois anos e meio de Telhada no posto, a Rota inflou o número de mortes sob sua responsabilidade em 63,16% , com os 114 assassinatos cometidos. Telhada é um conhecido linha-dura, que se orgulha em sentenciar “bandidos” com morte (sob seu próprio julgamento) e ter 29 processos judiciais e militares arquivados. Ele se filiou ao PSDB recentemente e deve ser candidato a vereador este ano.
Madia, o atual comandante da Rota, é réu no processo do Massacre do Carandiru, por ser acusado de matar 76 presos. Nos números oficiais, foram executados 111 prisioneiros pela Polícia Militar, mas testemunhas apontam número muito superior e há pessoas que sequer encontraram os corpos de seus familiares mortos.
O Coronel Álvaro Batista Camilo, que estava no comando geral da Polícia Militar de SP, se aposentou antes do previsto e deixou o cargo no dia 2 de abril deste ano. Sua vaga era foco de disputa. Ele também deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Vereadores, mas, pelo PSD de Gilberto Kassab.
Matéria da Carta Maior apontou, em novembro de 2011, que havia uma interferência da SSP em investigações recentes feitas pela Polícia Civil em casos de mortes praticadas por policiais militares. A tese era baseada no afastamento da delegada do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) Alexandra Comar, que investigava algumas mortes – ou execuções - praticadas pela Rota durante ação num suposto assalto a caixas eletrônicos em um supermercado. Junto com o afastamento, seu namorado, Arnaldo Hossepian, deixou o cargo de secretário-adjunto da SSP para retornar ao Ministério Público.
No último mês, a TV Bandeirantes fez uma série de reportagens que mostravam vários desses documentos arquivados. Os Relatórios de Inteligência passam pelo crivo da cúpula da Secretaria de Segurança Pública antes de ir pra gaveta. Neles, haviam algumas investigações a partir dos seguintes casos (todos denunciados pela Band a partir dos relatórios do DHPP):
1. No dia 31 de julho de 2010, a sede da Rota foi supostamente atacada por criminosos, que dispararam contra o prédio e foram mortos pela polícia. Na época, o comando era do coronel Telhada. As investigações da Polícia Civil indicam que os ataques foram forjados, inclusive pelo fato do irmão do homem morto ter perdoado o Batalhão, já que era sócio de Telhada.
2. Na noite deste mesmo dia, houve um suposto ataque à casa do Coronel Telhada. Ele reagiu e matou mais supostos criminosos. A mídia cobriu ostensivamente. Mas as investigações apontam que o ataque também teria sido forjado.
3. Rafael Telhada, filho do coronel, também da Rota, estaria sendo investigado em relatórios do DHPP por possível envolvimento em assaltos a caixas eletrônicos.
4. As matérias da Band também mostram que o DHPP investigava a denúncia de que policiais militares eram pagos por membros do PCC para executar pessoas.
5. Uma outra denúncia é relativa ao convênio firmado entre a Universidade de São Paulo e a SSP. A parceria surgiu depois da morte de um estudante. Os relatórios investigativos dizem que os assassinos do estudante eram traficantes da região e membros do PCC, e diziam que policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar recebiam pagamento da organização, em um pacto de ocupação territorial da região.
Outros casos foram acontecendo durante o período de mudanças na secretaria e no bojo das denúncias da emissora, que também virou foco de disputa:
1. Polícia Militar descobre um plano de sequestro do apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, no dia 28 de março. Ele elogia o trabalho de inteligência da PM durante seu programa.
2. No dia 5 de abril, um soldado do mesmo 16o. BTM foi preso pela Polícia Civil por ser suspeito de ajudar uma quadrilha especializada em assaltos a casas em SP. Soldado da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), ele mantinha contato com os ladrões e informava-os sobre aproximações policiais.
3. No dia seguinte, no dia 6 de abril, uma história mais espetaculosa ainda acontece. O programa do Datena, na TV Bandeirantes, transmitia ao vivo. Ele passou a se preocupar, pois a ocorrência mostrada do helicóptero da emissora era bem em frente à sua casa, perto da emissora, no bairro do Morumbi.
Depois de algum tempo dramatizando, a história é contada. O Coronel Telhada estava com amigos e seu filho, Rafael Telhada, soldado da Rota, saindo do Palácio dos Bandeirantes. Não disseram, e também ninguém perguntou, o que faziam lá. Viram um veículo suspeito, e, quando comprovaram que se tratava de uma tentativa de sequestro a uma mulher, passaram a atirar. Mataram um homem, dois foram presos, um fugiu e a mulher foi salva. Coronel Telhada foi exaltado por Datena porque, mesmo aposentado, ele agiu “contra o crime”.
As mortes e os arquivamentos tomaram uma proporção assustadora. Desde que a Polícia Civil começou a investigar os casos classificados como “resistência seguida de morte”, do dia 6 de abril de 2011 ao dia 27 de março deste ano, apenas três policiais militares foram presos, das 392 ocorrências.
No 1º semestre de 2012, a polícia já matou 75 pessoas, 25% a mais do que o mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais. A SSP não divulga separadamente o número de pessoas mortas em confronto com PMs de folga.
O número, portanto, pode ser maior e podem se confundir com o aumento do número de homicídios, já que são contabilizados como homicídios dolosos.
As investigações passaram para a Polícia Civil depois da divulgação de uma gravação onde uma mulher relatava por telefone uma execução praticada por um soldado da PM. Da ausência de investigações nesse tipo de ocorrência que ocorria antes, para as investigações que são arquivadas, transferiu-se a responsabilidade para o DHPP, o que acirrou o conflito entre as policias militar e civil.
Os casos investigados - e arquivados - e as mortes praticadas que parecem feitas especialmente para serem repercutidas pela mídia para mostrar eficiência da PM – para aqueles que concordam com as célebres frases de Maluf -, levaram a disputa no interior do governo, da SSP e da polícia para as ruas. Mais do que os conflitos entre Polícia Civil X Polícia Militar; PSDB de José Serra (Antonio Ferreira Pinto) X PSDB de Alckmin (Saulo de Castro), existem razões mais antigas e de fundo que apontam sentido ideológico na atual briga.

Disputa antiga na polícia

O cientista político Guaracy Mingardi busca uma explicação histórica para os conflitos no interior da polícia. Segundo ele, até a década de 70 havia três polícias em São Paulo: Civil, Força Pública (uma espécie de exército paulista que ficava aquartelado, como uma milícia que respondia só ao governador) e a Guarda Civil. “Em 69, o regime militar disse ‘isso não dá certo porque a gente não controla a polícia’. Então, eles juntaram no mesmo balde a Força Pública, a Guarda Civil e criaram a Polícia Militar. E para manter aquilo sob controle o primeiro, segundo, terceiro comandantes foram coronéis ou generais do Exército, pra militarizar aquela polícia. Ou seja, militarizou com base no que o Exército achava que era o trabalho policial”.
Mingardi faz uma distinção importante sobre o papel da polícia e o das Forças Armadas. A segunda é treinada para abater inimigos externos. Em sua opinião, “a partir dos anos 70 esse comando do Exército foi recriando a ideia do inimigo. É nesse momento que vem a figura do suspeito: preto, pobre, da periferia, porque, para um agrupamento militar é preciso ter a ideia do inimigo, que deve ser identificável enquanto grupo que deve ser derrotado”.
Durante a formação da primeira geração de oficiais com essa mentalidade, chamados tenentes-bandideiros – que são os matadores -, havia mais dois grupos que disputavam o comando da PM. Com o final da ditadura militar, o grupo ligado ao Serviço Nacional de Informações (SNI) – órgão da inteligência do regime – perde força e a disputa fica entre os tenentes-bandideiros e o comando formal da PM.
“Houve mudanças, mas a desmilitarização legal não foi acompanhada da desmilitarização do pensamento. Isso é importante porque a questão legal, se não é acompanhada pela mudança de mentalidade, muitas vezes provoca uma briga que quem sofre é parte da população. O grupo mais legalista e o grupo mais militarizado da polícia brigam e aquele que é mais violento vai querer impor suas táticas apesar da legalidade ser outra. E nós ficamos espremidos no meio da briga”, disse Mingardi durante seminário “20 Anos de Massacre do Carandiru: Memória e Presença”, realizado no último dia 25, em São Paulo. “A disputa que está acontecendo agora tem muito a ver com isso.
Aparentemente chegou-se num acordo, mas foi uma briga de meses”, concluiu o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, que defende que a ala linha-dura da PM é segunda geração dos tenentes-bandideiros criados pelos coronéis da ditadura militar.

Blindagem judicial

O último fato, que chama a atenção e expande a dimensão do conflito, também aconteceu no dia 6 de abril. O Ministério Público do Estado de São Paulo, órgão responsável por fiscalizar o governo local, passava por eleições internas. De acordo com o regimento, o governador é responsável pela nomeação do Procurador-geral de Justiça, a partir da lista dos mais votados. Geraldo Alckmin escolheu o segundo colocado, o que causou estranhamento geral, inclusive porque o mais votado foi Felipe Locke, que ficou internacionalmente conhecido e ganhou menção honrosa no Prêmio Direitos Humanos em 2001, justamente por sua atuação no caso do Massacre do Carandiru, no qual era promotor.
Locke comentou brevemente o caso e disse que os argumentos de sua não escolha devem ser dados por Alckmin. O promotor descartado busca até hoje julgar os envolvidos no Massacre do Carandiru. Enquanto isso, o atual secretário do Colégio de Procuradores do MP, posto importante do órgão, é Pedro Franco de Campos, que, justamente na época do massacre era nada mais nada menos que o Secretário de Segurança Pública e foi testemunha das mortes.
O MP, dirigido pelo escolhido de Alckmin, Márcio Fernando Elias Rosa, é um espaço onde personagens como o atual secretário de segurança, Antônio Ferreira Pinto, e o anterior, Saulo de Castro, têm influência. A Polícia Militar mata – muitas vezes pra mostrar ‘eficiência’ diante de denúncias de corrupção -, a mídia cobre os fatos isoladamente, a Polícia Civil inicia as investigações, a SSP as arquiva, e o Ministério Público não toma providências a respeito, mesmo diante de evidências, permitindo assim que o governador permaneça imune.
Em uma análise mais geral da relação do Estado com o crime organizado depois do Massacre do Carandiru e dos Crimes de Maio, Alexandra Teixeira afirma que a violência institucional anda ao lado da corrupção. “Elas se referem ao mesmo fenômeno. No Brasil, historicamente, o Estado se inseriu no crime. Claro que existe uma relação direta entre crime articulado e a economia criminal com o Estado. Isso é muito patente. No caso do PCC, há diversas matizes que deixam isso mais claro. No mínimo, há um acordo tácito entre a administração prisional e o PCC. E não por acaso o atual secretário de segurança pública assumiu como secretário de administração penitenciária depois dos ataques de maio. Isso é evidente. Também são evidentes os acordos com a Polícia Civil, que foi o que detonou os ataques de 2006”, diz Teixeira.
Na opinião da especialista, existe um abafamento “porque, com este Estado, com essa política de militarização, a PM é o cartão postal da eficiência e da segurança, principalmente no estado de São Paulo. Esse discurso é, infelizmente, acatado pela mídia”. Obra do PSDB e de seus aliados.

Confirmação da Fuga de S.Bernado


terça-feira, 30 de outubro de 2012 7:00

INTERNO CONSEGUE FUGIR DE UNIDADE DE S.BERNARDO

Rafael Ribeiro 
Do Diário do Grande ABC


Um menor conseguiu fugir e outro foi capturado enquanto tentava segui-lo no sábado, no prédio 1 da unidade de São Bernardo da Fundação Casa (ex-Febem). Segundo funcionários, os dois internos participavam de atividades na quadra do local por volta das 13h30 quando viram brecha na grade.
A idade dos menores não foi revelada. Um deles não conseguiu passar pelo local e foi logo recapturado.
Segundo informações dadas pela Fundação Casa, até ontem o outro menor não havia sido localizado. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, chegou a ser acionado no momento, sem sucesso.
Em nota, a instituição avisou que não houve confronto e nenhum funcionário ficou ferido. A família e o Poder Judiciário foram avisados do ocorrido.
O adolescente que tentou sem sucesso a fuga passará pela CAD (Comissão de Avaliação Disciplinas) da Fundação Casa. Poderá sofrer sanções que vão desde a restrição ao lazer por certo período até a diminuição do tempo da visita familiar.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Adolescentes internos da Fundação CASA votarão neste próximo domingo-2º turno de 2012


Mais de 600 adolescentes votam na Fundação Casa no segundo turno

Fonte : 

No próximo domingo, 643 jovens internados ou com domicílio eleitoral em 39 centros socioeducativos da Fundação Casa poderão votar no 2º turno das eleições municipais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a participação de internados e presos dos Centros de Detenção Provisória (CDPs) no pleito, assim como aconteceu em 2010.

Ao todo, 32 urnas eletrônicas serão instaladas em oito municípios onde haverá segundo turno. Em Guarujá, 38 internos estão aptos a votar.

Os centros socioeducativos serão transformados em seções eleitorais, tendo, além da urna, os mesários indicados pelos respectivos cartórios pertencentes do Tribunal Regional Eleitoral de são Paulo (TRE-SP). Elas funcionarão das 8h às 17h.

De acordo com a presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella, é mais uma possibilidade de os jovens colaborarem diretamente na construção da sociedade. “É mostrar aos adolescentes que o voto é um exercício de cidadania e de consciência política”, analisa a presidente.

Inscritos

Até maio de 2012, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER-SP), 3.877 adolescentes inscreveram o domicílio eleitoral no respectivo centro socioeducativo onde cumpria medida socioeducativa. Para os jovens de 16 e 17 anos, o voto é facultativo, sendo obrigatório apenas para os maiores de 18 anos.

Os adolescentes desinternados nesse período – e até à véspera do pleito – poderão retornar ao respectivo Casa onde estava internado para votar. Aqueles que não comparecerem e forem maiores de 18 anos, deverão justificar a ausência em qualquer ponto de votação de município distinto daquele em que foi inscrito.

quinta-feira, outubro 25, 2012

LEIAM COM ATENÇÃO

Lei do Sinase fica na berlinda no debate entre magistrados
19 OUTUBRO em EventosJudiciário.
Por: TJES.
Foto: TJES. Eventos Judiciário.

A “Lei de Execução da Infância e Juventude”, assim definida pelo juiz gaúcho João Batista Saraiva a Lei 12594/2012 (Sinase), dominou as discussões da tarde desta quinta-feira (18) do Encontro Nacional de Juízes da Infância e Juventude, realizado em Vitória.


Numa palestrante marcada pela paixão com que aborda o tema, o magistrado do Rio Grande do Sul questionou a discussão inócua de vários pontos da Lei que regulamentou o Sistema Nacional Socioeducativo (Sinase) por considerar que eles são claros, no que tange aos direitos dos adolescentes, mas continuam gerando polêmica.

“Como questionar o direito de visita íntima para adolescentes em situações pré-existentes, como casamento ou união estável? Isso faz parte de um dos princípios básicos do artigo 35, que é o fortalecimento dos vínculos. Há também que se cuidar da celeridade processual nas Varas da Infância e Juventude, porque o tempo na juventude é outro e resposta tardia não é resposta, é negação da justiça”, asseverou Saraiva.

O magistrado informou que o Governo Federal está editando uma normatização exigindo que os Creas (Centros de Referência Especializados em Assistência Social) tenham especialistas em medidas socioeducativas, mas ele, particularmente, defende a ideia de que, em cidades com mais de 50 mil habitantes, haja Creas específicos para medidas socioeducativas.

A mesa vespertina foi composta ainda por duas profissionais da área de psicologia, Marcela Serrat e Renata Vescovi. Marcela abordou a questão “O uso de álcool e outras drogas, a internação compulsória e a interface com a Justiça”, quando enfatizou que a sociedade não pode “comprar” a ideologia das “internações enganosas sem ouvir o usuário”, porque elas não funcionam.

Para Marcela, a sociedade precisa mudar o foco da discussão do uso de drogas, porque coloca a substância em evidência, em vez de o ser humano. “O toxicômano é que faz a droga, não é a droga que faz o toxicômano”, salientou.

Já Renata Vescovi fez uma análise da violência infanto-juvenil a partir da visão psicanalítica. E defendeu as práticas restaurativas. “Eu gostaria de ver os juízes atuando, e pergunto se isso é possível, no mundo que existe além dos autos, porque o crime, a violência, é também uma forma de se encontrar com o semelhante. A violência aparece quando a palavra e o diálogo faltam”, observou Renata.
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Semiliberdade em São Bernardo do Campo

Fundação CASA abriará o segundo Centro de Semiliberdade no Grande ABC...".

São Bernardo contará com unidade de semiliberdade
Fábio Munhoz 
Do Diário do Grande ABC

A Fundação Casa criará a segunda unidade de semiliberdade no Grande ABC. O prédio funcionará em São Bernardo e terá capacidade para abrigar 20 jovens, que passam o dia estudando ou trabalhando e, à noite, voltam para a reclusão. A implementação é resultado de ação civil pública movida em 2003 pelo Ministério Público e julgada em 2009.
Atualmente, a única cidade da região que oferece o regime de semiliberdade é Diadema, que também tem capacidade para 20 internos. No entanto, segundo a Fundação Casa, atualmente 18 jovens estão abrigados. Já as três unidades de internação funcionam em São Bernardo (duas) e Mauá, cada uma com lotação máxima de 56 pessoas.
Nesta semana, foi publicada no Diário Oficial do Estado a contratação de empresa que fará segurança privada do novo centro socioeducativo. O contrato, no valor de R$ 253,6 mil, será válido até setembro de 2013.
Apesar de a companhia já ter sido contratada, a Fundação Casa não precisou quando a unidade começará a funcionar e em que bairro será instalada. A instituição informa apenas que o local está "em fase de implantação" e que estuda localização e prazos apropriados.
"Neste momento, a Fundação Casa tem celebrado os contratos administrativos necessários, por meio de licitação, visando ao funcionamento do centro socioeducativo", explica a instituição, por meio de nota.
A transferência de menores para o regime em meio aberto em caso de falta de vagas nas unidades de internação é prevista pela lei 12.594 de 2012, que institui o Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo). "O adolescente deve ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida de privação da liberdade, exceto nos casos de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa", diz o texto.
Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do Grupo de Trabalho Criança Prioridade 1, do Consórcio Intermunicipal, o regime de semiliberdade ajuda a reduzir a superlotação na internação. Segundo ele, dos 8.000 jovens da Fundação Casa em todo o Estado, apenas 10% estão na reclusão parcial.
Na semana passada, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu que é ilegal o provimento que autorizava à Fundação Casa extrapolar em até 15% a capacidade máxima das unidades. A superlotação é vista por especialistas como uma das principais causas de rebeliões. Em São Bernardo, três motins foram realizados entre julho e agosto.

fonte: http://www2.dgabc.com.br/News/5989377/fundacao-casa-tera-unidade-de-semiliberdade-em-sao-bernardo.aspx

segunda-feira, outubro 22, 2012

as dez carreiras que causam depressão.

As 10 carreiras que mais causam depressão...".

As 10 carreiras que mais causam depressão

SÃO PAULO - Exaustão, acúmulo de estresse e pressão a todo o momento. Esses são alguns dos males contemporâneos que podem causar depressão nos profissionais. Imagine então se a profissão que você escolheu está constantemente ligada a muitas outras características como essas?
O site da revista Health listou as 10 profissões que são mais propensas que seus profissionais tenham depressão, ocasionada por estilos de vida incomuns e estressantes. Para a a conselheira de saúde mental e PhD, Deborah Legge, há certos aspectos que apontam que qualquer trabalho pode contribuir para exacerbar a depressão. “Porém, pessoas que trabalham com cobranças e tensão têm maiores chances de desenvolver a doença do que, por exemplo, pessoas que trabalham com gestão. Às vezes, os profissionais não se dão conta que estão doentes e que precisam de ajuda”, disse Legge.
Você ficou na dúvida se sua profissão está na lista? Confira abaixo as 10 carreiras que precisam de atenção:
Enfermeiras e cuidadoras de crianças
Esse grupo de profissionais está no topo da lista, com quase 11% que enfrentam a doença. Um dia típico pode incluir alimentação, banho e cuidar de pessoas que são incapazes de expressar gratidão e apreciação, "pois, eles estão muito doentes e muito pequenos para isso. Ou simplesmente não têm esse hábito”, revela o psicólogo clínico da Tufts University, Christopher Willard. “É estressante ver as pessoas doentes e não conseguir motivá-las positivamente”.
Garçons
Muitos garçons têm salários baixos e enfrentam jornadas de trabalho cansativas, tendo de lidar com inúmeras pessoas mal-educadas e briguentas. Enquanto 10% destes profissionais que enfrentam depressão a mais que no ano anterior, quase 15% são mulheres. “Muitas vezes, esse trabalho é ingrato. As pessoas podem ser rudes e há grande esforço físico diário. Quando as pessoas estão deprimidas, é difícil ter energia e motivação”, ressalta Legge.
Assistentes sociais
Não é surpresa constatar que os assistentes sociais estão entre os cargos com maiores chances de depressão. Lidar com crianças vítimas de abuso ou abandono e famílias à beira de inimagináveis crises e combinar essas situação com muita burocracia pode deixar qualquer profissional estressado.
“É errado cultivar uma cultura que dita sacrifícios emocionais em pró de um bom trabalho”, diz Willard. Isso se aplica, principalmente, com os assistentes sociais, que trabalam com pessoas carentes e se sentem presos ao próprio trabalho, por achar que não estão dando o máximo de si. É uma pressão muito grande atribuir ao seu trabalho sentimentos como tristeza, dor, felicidade, culpa.
Profissionais da saúde
Médicos, enfermeiros, terapeutas, fisioterapêutas e outros profissionais da área da saúde. Essas carreiras exigem longas e cansativas horas de trabalho e nos mais improváveis horários, tudo com muita atenção e cuidado. Além de atingir o físico, esses profissionais estão constantemente colocados em situações extremamente emotivas, em que vidas de outras pessoas estão em suas mãos, literalmente.
Em outras palavras, o estresse e a pressão sempre desafiará seu bem estar. “Todos os dias eles estão lado a lado com doenças, traumas e mortes, além de lidar com membros da família dos pacientes. Isso pode gerar uma triste perspectiva, que todo o mundo é assim”, lembra Willard.
Artistas e escritores
Essas carreiras podem trazer contracheques irregulares, horas incertas e isolamento. Muitos diriam que pessoas criativas são menos tristes, mas pense se as mesmas não conseguem ter inspiração? De acordo com a publicação, houve um aumento de 9% dos profissionais da área que relataram problemas com depressão, em relação ao ano passado. “O que mais eu vejo é bipolariedade entre os artistas. A depressão é comum para aqueles que trabalham com artes, pois seu estilo de vida contribui para isso”, afirma Legge.
Professores
Muitos professores trabalham em mais de uma ou duas escolas e ainda levam trabalho para casa. Em outras situações, eles aprendem a fazer muito com pouco recurso e tempo. “Há pressão para dar um bom ensino as crianças. Seus pais e escolas cobram do professor o cumprimento de normas e de demandas diferentes”, considera Willard. Para ele, as constantes cobranças podem fazer os profissionais esquecerem da razão de ter escolhido a área.
Profissionais de apoio administrativo
Pessoas dessas áreas, que incluem secretárias e atendentes, sofrem de um caso clássico: alta demanda, baixo comando. Eles estão na linha de frente, recebendo ordens de todas as direções, tanto dos clientes quanto dos patrões. Ainda, são normalmente mal-remunerados e se sentem inferiores por não ter poder para fazer além. Antes de duvidar do estresse causado por essa carreira, conte quantas vezes você já ouviu de algum atendente ou secretária a frase “isto não está ao meu alcance. Poderei lhe encaminhar para o gerente, aguarde”.
Além disso, não são reconhecidos por seu trabalho e ainda precisam contornar educadamente qualquer crise de seus patrões ou consumidores.
Profissionais de manutenção
Como iria se sentir caso apenas fosse procurado quando algo der errado? Isso é essencialmente o “ganha-pão” dos profissionais de manutenção, como encanadores, pintores, eletricistas, entre outros. Eles também têm de trabalhar horas incomuns, pois para atender a demanda, precisam ser rápidos e acessíveis, senão perdem para a concorrência.
Ainda, ganham pouco e fazer trabalhos cansativos. “Em termos de colegas de trabalho, eles são isolados, e isso pode ser um trabalho um tanto solitário”, pontua Willard.
Consultores financeiros e contabilistas
A frase “tempo é dinheiro” se coloca perfeitamente na situação. A maioria das pessoas não gostam de lidar com seus próprias finanças, então imagine lidar com milhares ou até milhões de outras pessoas? “Há grande responsabilidade em cuidar de finanças que não são suas e, ainda por cima, o profissional não tem controle do mercado. Nem sempre é sua culpa, mas mesmo assim, os clientes perdem dinheiro e eles provavelmente tirarão satisfações tão pouco educadas com esses profissionais”, ressalta Legge.

fonte: http://br.financas.yahoo.com/noticias/10-carreiras-causam-depress%C3%A3o-165900868.html%20
Sindicância para apurar as causas da rebelião em Centro da Fundação CASA de Itaquaquecetuba/SP...".

Funcionários viram reféns em rebelião
Cerca de 30 internos da antiga Febem, hoje Fundação Casa, se revoltaram após discussão entre um agente e um dos interno; Corregedoria vai apurar
Jamile Santana
Da Reportagem Local

A Corregedoria da Fundação Casa abriu uma sindicância para apurar as causas da rebelião na unidade de Itaquaquecetuba. Na confusão, na noite da última sexta-feira, cerca de 30 internos fizeram dois funcionários reféns e um vigia ferido. Ninguém fugiu. Após a conclusão da investigação, os jovens serão penalizados com sanções, que podem resultar na redução do horário de visitas ou o cancelamento de saídas para fora da unidade.
O assistente da direção da corregedoria, Julio Eduardo Mendes esteve no local na noite de sexta-feira com outros 20 funcionários da unidade, para apoiar as negociações e conter a rebelião. Ele informou que uma sindicância deve apontar o motivo da manifestação que começou por volta das 21 horas, após uma discussão entre um interno e um funcionário. Segundo as primeiras informações apuradas pela polícia, o interno não quis obedecer as instruções e teria estimulado outros adolescentes a intimidar o funcionário. O grupo chegou a ter 30 internos rebelados. 
Dois agentes foram feitos reféns durante a confusão. Eles foram liberados após a chegada da corregedoria. Um vigia ficou ferido. Ele foi atingido com um pedaço de madeira na cabeça, foi avaliado e medicado e liberado em seguida.
Cerca de 20 funcionários da corregedoria, além da Força Tática da Polícia Militar revistaram os jovens no piso superior da unidade, mas nenhuma arma foi encontrada. 
Segundo a Fundação Casa os menores serão penalizados com uma sanção disciplinar que pode resultar na redução no horário de visitas ou o cancelamento de saídas externas, como no caso de internos que fazem cursos fora da unidade. As famílias e a unidade serão informadas. 
A rebelião aconteceu três dias depois de um início de confusão da unidade de Ferraz de Vasconcelos. Na sexta-feira, seis internos foram levados para a delegacia da cidade, após terem iniciado uma briga no refeitório tentando incitar os outros 54 internos a se rebelarem e agredirem os funcionários do estabelecimento. O caso não ganhou proporção porque a segurança da unidade conseguiu conter os seis jovens. No distrito policial foi registrado boletim de ocorrência de ato infracional, ameaça e lesão corporal.

fonte: http://www.moginews.com.br/materias/matimp.aspx?idmat=133246

domingo, outubro 21, 2012


Fundação Casa abre sindicância

Fonte : Diário TV

Na noite desta sexta-feira (19), os internos da Fundação Casa de Itaquaquecetuba fizeram uma rebelião. A direção da unidade abriu uma sindicância para investigar o ocorrido. Cerca de 30 menores participaram do tumulto. Dois funcionários foram feitos reféns e um vigilante ficou ferido.

Durante a confusão, as equipes da Força Tática da Polícia Militar cercaram a unidade.

A rebelião teria começado depois de uma discussão entre um adolescente e um funcionário.

Dois servidores foram feitos reféns dos menores e um vigilante foi atingido por um pedaço de madeira na cabeça.

A vítima foi levada para o hospital, passou por um procedimento médico e foi liberado.

Os representantes da Corregedoria da Fundação Casa chegaram na unidade no começo da madrugada.

Cerca de 20 funcionários especializados neste tipo de situação também foram dar apoio para controlar a rebelião.

Segundo a Fundação Casa, será aplicada uma sanção disciplinar nos adolescentes depois de uma avaliação do caso.

A medida por ser desde a redução no horário de visita até o cancelamento de saídas.

O judiciário e a família os internos serão informados.

Maiores detalhes veja o link:

http://www.tvdiario.com.br/diariotv/index.php?option=com_content&view=article&id=16403:fundacao-casa-abre-sindicancia-para-investigar-rebeliao&catid=61:itaquaquecetuba&Itemid=34

sábado, outubro 20, 2012

Superlotação das unidades

“CNJ proíbe superlotação em Centros da Fundação CASA...”.

CNJ proíbe superlotação na Fundação Casa
Fábio Munhoz 
Do Diário do Grande ABC
Por unanimidade, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) proibiu que a Fundação Casa exceda o número de internos nas unidades de internação. Em abril, provimento do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizava que o número de jovens reclusos superasse em até 15% a capacidade máxima dos locais.
A região conta com três unidades de internação - duas em São Bernardo e uma em Mauá -, e cada uma foi projetada para abrigar 56 internos.
Na decisão, o relator, conselheiro Jefferson Kravchychyn, alerta para o risco de aumento progressivo na superlotação caso a posição do TJ-SP fosse mantida. "Assim, é fácil inferir que hoje é 15%, amanhã, por que não, 30%?" O relator acrescenta que o ato do tribunal paulista "não condiz com as leis e princípios que regem os direitos das crianças e adolescentes."
O defensor público de Santo André Marcelo Novaes comemora a decisão. "O ato praticado pelo TJ-SP significou admitir a impotência do Estado em se adequar ao que está colocado na lei."
Novaes refere-se ao Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), instituído pela lei 12.594 de 2012. No inciso 2 do artigo 49, o texto determina que o adolescente deve "ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida de privação da liberdade, exceto nos casos de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa". Nesses casos, o jovem deve ser internado na unidade mais próxima de sua residência.
Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do Grupo de Trabalho Criança Prioridade 1 do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a revisão da decisão do TJ-SP "abre precedente para que essa situação não ocorra também em outros Estados".
Na avaliação de Alves, o poder público deve estudar mecanismos de inclusão social para evitar o ingresso do adolescente na criminalidade. "Também é preciso estruturar melhor os programas de liberdade assistida e criar mais vagas no regime de semiliberdade."
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores da Fundação Casa, Júlio Alves, o respeito à capacidade máxima diminui o risco de rebeliões. O sindicalista também cobra, no entanto, que sejam colocados mais funcionários nas unidades. "Em São Bernardo e Mauá, os prédios foram construídos para ter 92 pessoas trabalhando. Para dar o atendimento adequado, o ideal seriam 150 empregados."
Entre julho e agosto, três motins foram registrados nas unidades de São Bernardo. Em junho, os locais tinham 50% mais adolescentes do que o total permitido. Procurada pelo Diário, a Fundação Casa informou que só se manifestará após ser comunicada oficialmente da decisão.

fonte: http://www2.dgabc.com.br/News/5988642/cnj-proibe-superlotacao-na-fundacao-casa.aspx


SEXTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2012

CNJ proíbe superlotação na Fundação Casa

LINK DA MATERIACNJ proíbe superlotação na Fundação Casa


Por unanimidade, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) proibiu que a Fundação Casa exceda o número de internos nas unidades de internação. Em abril, provimento do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizava que o número de jovens reclusos superasse em até 15% a capacidade máxima dos locais.
A região conta com três unidades de internação - duas em São Bernardo e uma em Mauá -, e cada uma foi projetada para abrigar 56 internos.
Na decisão, o relator, conselheiro Jefferson Kravchychyn, alerta para o risco de aumento progressivo na superlotação caso a posição do TJ-SP fosse mantida. "Assim, é fácil inferir que hoje é 15%, amanhã, por que não, 30%?" O relator acrescenta que o ato do tribunal paulista "não condiz com as leis e princípios que regem os direitos das crianças e adolescentes."
O defensor público de Santo André Marcelo Novaes comemora a decisão. "O ato praticado pelo TJ-SP significou admitir a impotência do Estado em se adequar ao que está colocado na lei."
Novaes refere-se ao Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), instituído pela lei 12.594 de 2012. No inciso 2 do artigo 49, o texto determina que o adolescente deve "ser incluído em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida de privação da liberdade, exceto nos casos de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa". Nesses casos, o jovem deve ser internado na unidade mais próxima de sua residência.
Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do Grupo de Trabalho Criança Prioridade 1 do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a revisão da decisão do TJ-SP "abre precedente para que essa situação não ocorra também em outros Estados".
Na avaliação de Alves, o poder público deve estudar mecanismos de inclusão social para evitar o ingresso do adolescente na criminalidade. "Também é preciso estruturar melhor os programas de liberdade assistida e criar mais vagas no regime de semiliberdade."
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores da Fundação Casa, Júlio Alves, o respeito à capacidade máxima diminui o risco de rebeliões. O sindicalista também cobra, no entanto, que sejam colocados mais funcionários nas unidades. "Em São Bernardo e Mauá, os prédios foram construídos para ter 92 pessoas trabalhando. Para dar o atendimento adequado, o ideal seriam 150 empregados."
Entre julho e agosto, três motins foram registrados nas unidades de São Bernardo. Em junho, os locais tinham 50% mais adolescentes do que o total permitido. Procurada pelo Diário, a Fundação Casa informou que só se manifestará após ser comunicada oficialmente da decisão.

fonte:http://www2.dgabc.com.br