terça-feira, maio 30, 2017

VACINA CONTRA O DIABETES AGORA É UMA REALIDADE.Vejam..

Será o Fim da Insulina? Médico Brasileiro Controla a Diabetes de 38 Mil Pacientes Naturalmente
URGENTE: Se você tem Diabetes, por favor leia isto antes de sua próxima refeição!
Você está sofrendo com a diabetes? Está cansado de ficar dependente de remédios e das insuportáveis aplicações de insulina? Você já chegou a pensar que algo pior poderia acontecer e vive preocupado com o seu futuro?
Essa pode ser a sua realidade como a de outros de 12 milhões de brasileiros que sofrem de diabetes. São milhões de pessoas que sofrem com uma doença que parece não ser levada a sério como outras mais “populares”.
Alguma coisa precisa ser feita. O quadro da diabetes, se não revertido, torna-se um futuro certo para cegueiraamputações e até a morte. Mas será que a diabetes é uma sentença para toda a vida? Uma vez diagnosticado com a doença, só nos cabe “viver” em função dela e não há como reverter esse quadro?
Neste último mês, uma história causou controvérsia entre diabéticos e profissionais de saúde. O Programa Domingo Espetacular da Rede Record exibiu uma matéria com o médico brasileiro Dr Patrick Rocha quebrando mitos sobre o que sabemos até então sobre diabetes.
O foco principal da reportagem chamou muito a atenção dos diabéticos e da nossa equipe: é possível controlar a diabetes tipo 2 e reduzir em até 83% a quantidade de medicamentos da diabetes tipo 1 em até 30 dias apenas mudando hábitos alimentares.
Dr Rocha, que além de médico e pesquisador também é presidente do INEODOC (Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas), afirmou que através de simples mudanças alimentares o corpo produz mais insulina naturalmente sem a necessidade da ingestão abusiva de medicamentos que os diabéticos estão acostumados.
Entre os entrevistados do Domingo Espetacular, estava Aline, 36 anos, que é diabética tipo 1 há 20 anos, E estava desesperada, pois a vida de diabético além de restritiva, deixava-a sempre preocupada com o futuro. Aline já foi internada 2 vezes por causa de glicemia alta e chegou a ter que tomar 40 unidades de insulina em um único dia.
Uma Nova Vida para Aline
Aline começou a buscar soluções alternativas para a sua doença. E foi o seu pai que lhe passou o link do site do Dr Rocha.
No início é assustador porque você vê que tudo o que os médicos falavam sobre alimentação, não batia. Coisas que os médicos recomendavam o consumo, no caso carboidratos e pães integrais, e ele (Dr Rocha) diz que não, isso é seu inimigo” - disse Aline
Hoje Aline continua precisando de insulina, porém, já diminuiu bastante as dosagens.
"De três em três meses faço um acompanhamento e vou diminuindo a quantidade de medicamentos para ver como meu corpo responde, e ele tem respondido bem!" - conta Aline em outro trecho da entrevista.
A nova alimentação sugerida pelo Dr Rocha trouxe à Aline o controle da sua saúde, segundo ela, hoje ela sabe exatamente o que pode comer e o que não pode.
Muito além do Controle da Diabetes
José Venâncio, 57 anos, é o outro entrevistado do programa da Record. Ele descobriu que é diabético tipo 2 há pouco mais de um ano. Para ele as palavras do seu médico foram quase uma sentença de morte "você está condenado a tomar remédios para o resto da sua vida".
Inconformado, José Venâncio decidiu procurar tratamento alternativos, e foi assim que chegou ao método do Dr Rocha.
"Após 15 dias seguindo as instruções do Dr Rocha, parei de tomar os remédios." - Disse José Venâncio.
Com a glicemia controlada, hoje fica em média 89mg/dl, José Venâncio comemora outro resultado também. A nova alimentação o deixou mais disposto, a auto estima melhorou, e ele emagreceu 21 kg, o que fez uma enorme diferença em sua vida.
O Médico que Está Quebrando Paradigmas no Brasil
Pesquisamos a respeito e descobrimos que se trata do único médico especialista a trazer essa metodologia de controle da diabetes através da alimentação para Brasil.
Em entrevista para a nossa equipe, Dr. Patrick Rocha explicou a sua missão com o seu programa de reversão de diabetes.
Ele conta:
ao tomar remédios, você não controla a diabetes, você ‘medica’ ela. E isso é muito lucrativo para a indústria farmacêutica, que quer um ‘cliente diabético para a vida toda’”.
E continua:
Um diabético tem 5x mais chance de desenvolver outra doença do que um não-diabético. A indústria farmacêutica não quer saber se ele tem história de vida: filhos, netos, sobrinhos… ela quer apenas o dinheiro. Por isso, criei esse programa, quero mudar vidas!" – Dr. Patrick Rocha.
Dr. Patrick afirma que o Programa Diabetes Controlada não possui fins lucrativos. O custo do programa é de apenas um valor simbólico que gira em torno de 35 a 50 reais mês contribuídos pelos participantes com o intuito de ajudarem o programa a se manter vivo, já que os custos para a manutenção do programa são caríssimos que vão desde o suporte, contratação de pessoas até os caríssimos servidores para manter o acesso online ao programa.
Dr. Patrick ainda completa dizendo que boa parte dos custos saem do seu próprio bolso, uma vez que é uma ação totalmente particular e que não é do interesse do Estado que fatura verdadeiras fortunas com o mercado da diabetes um programa que ajuda os diabéticos.
O Médico finaliza alertando que, após a matéria divulgada na Rede Record, a procura pelo programa de reversão de diabetes que já era alta, aumentou significativamente, obrigando ele a limitar o número total de alunos.
Para o médico, é fundamental manter a qualidade no atendimento personalizado para cada aluno. Afinal, cada caso é um caso. O que limita o número de inscrições.
Você Sabia Que Estão Colocando um Curativo na sua Ferida?
Pesquisas científicas apontam que os tratamentos tradicionais trazem muitos efeitos colaterais ao seu organismo, transformando-o em um verdadeiro dependente de drogas.
Fomos atrás dos maiores interessados, os diabéticos. Pedimos o auxílio de um endocrinologista, o Dr Eduardo Martins, e entrevistamos diversas pessoas que estão usando esse novo programa. Continue lendo e descobrirá porque criamos essa reportagem especial.
Segundo o doutor Eduardo Martins, “os tratamentos tradicionais de diabetes colocam um ‘curativo’ na diabetes e não controla ela de verdade”.
Doutor Eduardo também afirma que o programa Diabetes Controlada se mostra eficiente de forma simples, pois ele reduz imediatamente com o excesso de ácidos e os incessantes ataques ao seu pâncreas fazendo com que seu corpo, naturalmente, restaure a função do pâncreas – que é produzir insulina. Dessa forma, seu índice glicêmico se mantém estável.
O Método Gerou Interesse de Pesquisadores
O Dr. Eduardo Martins em conjunto com uma equipe de pesquisadores fizeram uma pesquisa para testar o Programa Diabetes Controlada em pacientes diabéticos no final de março de 2016.
Foram selecionadas 60 pessoas, divididas em 3 grupos, para realizar os testes durante 30 dias:
  • 20 Diabéticos do Tipo I
  • 20 Diabéticos do Tipo II
  • 20 Pré-Diabéticos
Ao serem perguntados, 96,6% deles disseram que iriam continuar utilizando o método e que não confiavam mais nos tratamentos tradicionais.
Logo na primeira semana, os pacientes elogiaram o método, pois voltaram a se alimentar com comidas gostosas que antes pareciam restritas por conta das suas condições.
No final do trigésimo dia, os pacientes aparentavam muito mais dispostos e o nível de glicemia do sangue abaixou bruscamente.
Mesmo todos seguindo a proposta exata, alguns tiveram resultados superiores aos outros, a média foi de estabilização entre 81 a 106 mg/dL tanto para os casos de Diabetes Tipo I e quanto Tipo II.
Os grupos de diabéticos tipo 2 e pré-Diabéticos conseguiram controlar a diabetes seguindo a mudança alimentar sugerida pelo Programa Diabetes Controlada dentro de 30 dias. Já os diabéticos tipo 1, sentiram-se aliviados por reduzir grande parte dos remédios que utilizavam e causavam sérios efeitos colaterais.

Fonte: Jornal Saúde.

quarta-feira, abril 26, 2017

REFORMA DA 'CLT' e DA "PREVIDÊNCIA", O GOLPE QUE ESCRAVIZARÁ OS TRABALHADORES BRASILEIROS PARA SEMPRE.

Projeto altera mais de 100 pontos na CLT; expectativa é concluir votação ainda esta semana.(Governo tem pressa para efetivar o golpe).

BRASÍLIA - A Comissão Especial da Câmara que analisa a reforma trabalhista aprovou nesta terça-feira, 25, por 27 votos a 10, o texto-base da proposta. Para acelerar a aprovação do projeto de lei no plenário da Casa, o governo tentará negociar mudanças, além das que já foram feitas para dar celeridade à tramitação.Reforma trabalhista será votada no plenário da Câmara nesta quarta-feira, 26/04/2017.

O projeto de lei traz modificações em 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre eles, a prevalência do chamado "acordado sobre legislado". 
Uma vergonha para o país e seu sofrido povo trabalhador. 

Não É Nada Demais Trabalhar Até 65 Anos, Diz Relator Da Reforma Da Previdência.


O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), disse nesta terça-feira, 25, não ver “nada demais” no fato de brasileiros, “ainda mais funcionários públicos”, terem de trabalhar até os 65 anos, idade mínima prevista na proposta para que homens possam se aposentar.
A declaração foi dada durante bate-papo ao vivo na página oficial do Facebook da Câmara.
“Não estamos proibindo ninguém de se aposentar, mas, se a pessoa quiser, porque pode, se aposentar com integralidade, tem de ir até os 65 anos, que, diga-se de passagem, hoje não é nada demais alguém trabalhar até os 65 anos, ainda mais funcionário público”, afirmou o relator durante a transmissão, ao responder pergunta de um internauta sobre regras de aposentadoria para servidores públicos.
Em seu parecer apresentado na semana passada, o relator propôs que servidores que entraram no funcionalismo antes de 2003 só terão direito a se aposentar com o benefício integral (maior salário da carreira, ainda que acima do teto do INSS, de R$ 5.531,31) aos 65 anos, no caso de homens, e 62 anos, mulheres.
Hoje, esses servidores têm direito a integralidade aos 60 anos e 55 anos, desde que cumpram uma transição.
A “trava” foi vista com bons olhos pelo governo e por economistas, pois, na avaliação deles, isso significaria uma economia a mais para as contas públicas.
No entanto, a medida gerou revolva entre servidores, que acusam o relator da reforma de promover uma mudança violenta nas regras do jogo e prejudicar aqueles que ingressaram mais cedo no funcionalismo do que os demais.
Os mais prejudicados pela imposição da idade mínima de 62/65 para obter integralidade e paridade, segundo uma fonte, seriam os servidores que ingressaram antes de 1999.
A regra atual permite que esses servidores reduzam a idade mínima atual dos servidores (60 anos para homens e 55 anos para mulheres) em um ano a cada ano de contribuição a mais em relação ao obrigatório (35 anos para homens e 30 anos para mulheres).
Como mostrou o jornal “O Estado de S. Paulo” no sábado, a pressão por novas mudanças no relatório deve subir de temperatura ao longo desta semana com a guerra declarada dos servidores.
Duas alternativas de mudanças já estão na mesa de negociação para reverter em parte o endurecimento da regras de aposentadoria dos servidores públicos, admitem lideranças governistas e até mesmo integrantes do governo que participam diretamente da negociação do texto.
Uma das alternativas que estão sendo analisadas seria impor idades mínimas mais suaves do que os 62/65 da regra definitiva da reforma para que esses servidores, há mais tempo na ativa, possam acessar a integralidade e a paridade.
“A solução vai partir daí, mas vamos ter de pensar com muito cuidado no que pode ser feito”, afirmou um participante das negociações. Segundo a fonte, a ideia é sim atrasar a aposentadoria desses servidores, mas com um “castigo” não tão duro.

quarta-feira, abril 12, 2017

Atenção, "Congresso deve se transformar em SANTUÁRIO NACIONAL ".Leiam!

"Santuário Congresso Nacional Brasileiro".

Imagens Extraídas do Google.

Após todas as delações apresentadas por todas as mídias escritas e audiovisuais do país e do mundo estarem apresentando nomes de políticos e servidores públicos de todas as esferas e ainda assim os mesmos garantem serem inocentes, podemos acreditar que lá no congresso só temos "santos, homens de moral e bons costumes", ou seja, eles conseguiram finalmente transformar aquele espaço em um lugar santo. Assim acreditamos que se tratando de um solo sagrado, podemos clamar que o Papa saia de Roma e venha fazer do Congresso Nacional Brasileiro sua nova morada, pois segundo as declarações foram acusados injustamente pelas autoridades ditas competentes de terem cometido crimes de corrupção, formação de quadrilha, improbidade administrativa, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e muitas outras, não passam de falsas, mentirosas e acima de tudo caluniosas e ainda disseram que esperam em Deus para que a verdade venha a tona.

Ok! Sendo assim, nós brasileiros trabalhadores temos que juntos aguardar por anos e anos, até que todas as investigações rápidas e altamente eficientes que assim sabemos que são no Brasil sejam conclusas para que aí então nos sejam revelados para onde foram parar os bilhões de Reais que faltam nos cofres públicos de todos os municípios e estados de nosso país de todos os santos.

"Vamos dar um Glória bem alto dentro deste nosso santuário Congresso Nacional e de joelhos agradeceremos a Deus por nossos santos políticos e por suas grandiosas obras milagrosas das quais conseguem misteriosamente fazer sumir bilhões de reais que deveriam serem aplicadas em benefícios a incrédula população trabalhadora deste país de tanta justiça e de tanta honestidade".

Atentem-se ao novo milagre que está por vir, após nossos santos políticos se reunirem e jejuarem de joelhos prostrados, chegaram a uma decisão unânime que acabarão com a triste aposentadoria dos trabalhadores brasileiros."Aleluia".

"Isso é uma Santa vergonha"

Acorda Brasil ! Vamos as ruas reivindicar por nossos direitos, pela devolução dos valores roubados dos cofres públicos e principalmente pela prisão desses corruptos demoníacos que habitam um lugar que deveriam estar para tomar decisões que favorecessem a sociedade brasileira e não como estão fazendo com decisões que nos atrocitam e nos dilaceram cotidianamente.

Texto de : Leandro Andretta 
                www.fundacaonews.com.br




segunda-feira, abril 10, 2017

Juíza do trabalho diz que está em curso desmanche do Estado e haverá mais ataques aos direitos.


segunda-feira, 10 de abril de 2017, IN DESTAQUES, NOTÍCIAS.


Foto extraída do site acima citado

Valdete Souto Severo, juíza no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (RS), adverte: “muito mais está por vir”. Para ela, o processo de destruição das instituições do Estado é liderado pelas cúpulas das próprias instituições, articuladas com forças econômicas poderosas. Só a mobilização de rua conseguirá barrar a “reforma” da Previdência e a trabalhista.

Em entrevista ao Previdência, Mitos e Verdades, ela relata episódio do corte de 50% dos recursos para custeio e 90% da verba para investimento da Justiça do Trabalho no Projeto de Lei Orçamentária de 2016: “O Ricardo Barros, que agora é ministro da Saúde, foi o deputado relator do projeto de Orçamento de 2016 e escreveu que a redução era uma punição para que a Justiça do Trabalho repensasse sua posição, porque somos ‘extremamente condescendentes com o trabalhador’ E quer saber mais? Pode parecer inacreditável, mas diante de uma ação de inconstitucionalidade contra essa lei absurda o STF considerou essa aberração constitucional.”

Valdete Souto Severo é doutora em Direito do Trabalho pela USP/SP; pesquisadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (USP) e Renapedts – Rede Nacional de Pesquisa e Estudos em Direito do Trabalho e Previdência Social; professora, coordenadora e diretora da Femargs – Fundação Escola da Magistratura do Trabalho do RS.

Leia a íntegra da entrevista concedida a Mauro Lopes.

Mauro Lopes: Como a senhora analisa este tripé de reformas do governo Temer, o teto nos gastos sociais, a terceirização e a liquidação da Previdência e seus efeitos sobre os trabalhadores?

Valdete Souto Severo: Olha, acho que falta colocar um pé, e tornar este banquinho uma cadeira: a reforma do ensino médio. É um projeto de desmanche, de desmantelamento completo do Estado. Um ataque a todas as frentes capazes de gerar resistência. Então, a reforma do ensino é fundamental, porque ela vai criar uma geração operários, educados para executar tarefas, receber pouco e aceitar a sujeição que é intrínseca à relação entre capital e trabalho , que serão submetidos a este reino do “precariado”, sem acesso à Previdência, que pretendem liquidar, ou aos recursos públicos, que serão reduzidos a quase nada para os pobres: desde seguro desemprego ao acesso a saúde, à rede de proteção social da Constituição de 1988 que está sendo estrangulada.

Mauro Lopes: Estamos à beira do inferno pra os trabalhadores e trabalhadoras…

Valdete Souto Severo: Já estamos a caminho, escorregando pra baixo. As pessoas ainda não se deram conta, mas haverá, se aprovados os projetos que tramitam no congresso, várias modalidades de contratos de trabalho com previsão de prazos curtos de duração (flexível, por safra, intermitente) sem qualquer proteção, como o acréscimo de 40% em caso de despedida, aviso prévio ou acesso ao seguro desemprego, pois agora só com um ano de trabalho é possível obter o benefício -e nessas modalidades de trabalho precário ninguém vai chegar nem perto de um ano. Será uma loucura.

Mauro Lopes: Porque a senhora fala em desmantelamento completo do Estado?

Valdete Souto Severo: Há um esgotamento da própria função do Estado, a forma de organização da sociedade que conhecemos está em evidente colapso. Há classes ou segmentos econômico-políticos que passaram a enxergar na desregulamentação selvagem e radical o melhor caminho para o atendimento de seus interesses, na contramão do que a civilização ocidental construiu por dois séculos, sendo o Estado do Bem-Estar Social o principal alvo dessa ação destrutiva. O que está tornando esse processo ainda mais dramático e violento, como estamos vendo no Brasil, é que forças integrantes do próprio aparelho de Estado estão atuando no sentido de sua destruição –alojadas especialmente nas cúpulas do Poderes tradicionais, com ação que pretende apenas preservar direitos para o capital internacional.

Mauro Lopes: É um processo global e não apenas brasileiro…

Valdete Souto Severo: O cenário é muito grave em quase todo o planeta. O que estamos assistindo no Brasil hoje aconteceu na Europa e um pouco depois já na América Latina. O fato é que houve resistência no Brasil, mas se você observar bem, alguns dos projetos que estão desengavetando agora são do governo FHC. A terceirização é um exemplo: desengavetaram o PL 4302, de 1998, portanto, da época do governo FHC, aprovado por um Senado de composição completamente diversa da atual, exatamente porque houve resistência suficiente para impedir a aprovação do PLC 30, cujo projeto é de 2004. O projeto do governo FHC foi uma articulação de resposta à crise russa de 1998; os projetos aprovados na Europa foram uma resposta do mercado à quebra do Lehman Brothers e outros; agora, no Brasil, é a resposta dos segmentos financeiros ou financeirizados ao fim do ciclo das commodities e à recessão que se apresenta na verdade desde 2014.

Mauro Lopes: O que vem pela frente?

Valdete Souto Severo: Estamos em um processo cuja implementação está começando ainda. A reforma trabalhista e a da Previdência ainda vão trazer muitas notícias ruins para os trabalhadores, trabalhadoras e para o projeto de um Brasil que se seja minimamente decente. Há mais de 30 projetos em tramitação no Congresso, todos apresentados pelo mesmo conjunto de forças que sustenta as reformas de Temer. Eles irão liquidar a CLT por completo. Há um pacote de desumanidades, a começar pelo aumento da jornada de trabalho, que nos fará voltar ao cenário dos primórdios da revolução industrial.

Mauro Lopes: Há uma ofensiva evidente contra a Justiça do Trabalho, que foi considerada descartável pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um dos principais protagonistas na aprovação das reformas. Como vocês estão sentindo isso?

Valdete Souto Severo: Faz parte do projeto extinguir a Justiça do Trabalho. E mesmo dentro da instituição temos vozes nesse sentido, basta pensar nos pronunciamentos do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), o Ives Gandra Martins Filho, para não falar das barbaridades que o Rodrigo Maia tem dito, com apoio entusiasmado da mídia conservadora. Vou te contar algo que é público, mas pouca gente sabe, porque não leu o relatório da lei orçamentária de 2016. O Ricardo Barros, que agora é ministro da Saúde, foi o deputado relator do projeto de Orçamento e escreveu que a redução era uma punição para que a Justiça do Trabalho repensasse sua posição, porque somos ‘extremamente condescendentes com o trabalhador’ E quer saber mais? Pode parecer inacreditável, mas diante de uma ação de inconstitucionalidade contra essa lei absurda o STF a considerou essa constitucional! Agora me diga como é possível para qualquer instituição ou empresa ou organização de qualquer tipo funcionar em condições razoáveis com um corte abrupto em seu orçamento de custo de 50% e de 90% de seus investimentos, sem qualquer planejamento anterior, sem nada…

Mauro Lopes: Qual o clima na Justiça do Trabalho?

Valdete Souto Severo: Há uma sensação de falta de apoio, de respaldo. Mas não creio que seja algo só nosso. Porque estamos em meio a uma crise institucional, então o desamparo e desespero é geral, claro que apenas para o lado fraco da corda. No Judiciário é uma situação sem precedentes em décadas: o Supremo por vezes se aparta do ordenamento jurídico do país, e julga a partir de considerações econômicas, como vimos no caso da decisão que reduziu o prazo de prescrição para cobrar o recolhimento do FGTS; e são considerações econômicas parciais, todas questionáveis.

Mauro Lopes: Como resistir a esta força avassaladora?

Valdete Souto Severo: Bem, há um processo importante acontecendo, de união, de novas articulações no interior das instituições, é uma reação ao desmonte, de gente que quer resistir mas não sabe muito bem como. Precisamos levar em conta que isso está acontecendo na “base” de diferentes instituições, entre os estudantes, e mesmo que não haja forças para mudar o quadro neste momento, trata-se de uma união importante de forças, estamos acordando. O problema é que se nos damos conta de que há um esgotamento do sistema, acabamos tendo de concluir que o único jeito de barrar as reformas de destruição do Estado Social é nas ruas. Não me parece haver outra alternativa neste momento.