quinta-feira, abril 18, 2013

PENSAMENTOS DE UM SERVIDOR.......

Foto tirada no Rio de Janeiro(Jogos Pan-americanos de 2007)

Meses atrás estava eu, trabalhando dentro de uma unidade de medida socioeducativa, quando me deparei com uma situação que me fez parar para pensar o quanto nós (AAS) somos de extrema importância para esta instituição (FUNDAÇÃO CASA), somos nós que recepcionamos os menores infratores quando chegam nas unidades, somos nós que os conduzimos ao setor de saúde para que seja feita a vistoria corpórea, somos nós que os conduzimos ao setor de identificação antes que entrem ao núcleo socioeducativo, somos nós que acompanhamos os coordenadores para que sejam passadas as regras e normas de convívio (REGIMENTO INTERNO), somos nós que providenciamos suas higienizações pessoais, cortes de cabelos, cortes de barbas, somos nós que providenciamos e entregamos roupas limpas, alimentação (05 POR DIA), somos nós que os acompanhamos em atividades esportivas, salas de aula, cursos profissionalizantes, somos nós que zelamos por todos eles no momento de seus descansos noturnos, somos nós que os despertamos e os preparamos para que assim recomece novamente todo este ciclo de atividades e ainda se já não fosse um ciclo de tarefas bastante extenso para todos nós, ainda quando um dos internos adoecem os acompanhamos para postos de saúde, hospitais, clinicas médicas, caps etc. Ainda pensando pude perceber que não bastava fazer tudo isso, fui então chamado por um superior imediato que dirigiu suas palavras a mim da seguinte forma "e ai companheiro, vamos trabalhar um pouco? Precisa acompanhar um adolescente ao fórum para uma audiência", imediatamente virei a ele lhe dizendo que tudo bem, o acompanharei sim, pois faz parte de minhas funções, porém jamais teria paz comigo mesmo se naquele momento não dissesse à meu superior que eu não precisava trabalhar um pouco e sim precisava trabalhar muito mais ainda que eu já havia trabalhado até aquele momento, pois se ele que é meu superior imediato não teve se quer o cuidado de ver o tanto que nós (AAS) trabalhamos em nossas jornadas excessivas de trabalho, não seria eu um simples e humilde agente que iria ensiná-lo que isto também faz parte das atribuições de um GESTOR, saber reconhecer o trabalho de sua equipe, incentivá-los e dar condições para que as propostas da equipe sejam executadas quando forem para o benefício para a instituição em um todo.


CONCLUSÃO: Pude chegar a uma plena conclusão quanto ao despreparo de uma dita e imposta chefia imediata, tais chamados como GESTORES que nem se quer conseguem entender, enxergar ou se expressar como deveriam, e então acabei com uma outra grande dúvida, fazendo a mim mesmo uma outra pergunta, "puxa, nós (AAS) sofremos mesmo, sabe-se lá quantos outros GESTORES iguais ou piores que este podemos ter dentro desta instituição?? Não me respondam , pois acredito que um longo número de páginas não dariam conta de anotar todos os nomes que seriam citados por meus companheiros de todo o estado de São Paulo.

OPINIÃO: Precisamos de mais seriedade, dar oportunidades à aqueles que tem maior comprometimento    com a instituição e que estão melhor preparados para tais cargos, ainda assim precisamos aplicar um programa de capacitação contínua não só para GESTORES, cargos de confiança e sim para todos nossos companheiros, servidores que mantém com muitas dificuldades o bom andamento desta instituição que eu pessoalmente acredito que poderá ser referência em medida socioeducativa não somente do Brasil e sim do Mundo, pois nós servidores trabalhamos para isto e em troca só queremos ser reconhecidos no mínimo como grandes guerreiros que somos desta batalha.  Um forte abraço a todos e que DEUS nos abençoe e ilumine nossas mentes e de nossos superiores (GESTORES).
http://fundacaonews.blogspot.com.br/

Berenice Giannella apresentou aos deputados dados estatísticos dos últimos anos; melhora no atendimento socioeducativo no Estado é visível durante a apresentação.

A presidente da Fundação CASA, Berenice Giannella, a convite da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), nesta terça-feira (16 de abril), esteve presente na Assembleia Legislativa de São Paulo para prestar esclarecimento sobre a atual situação da instituição, da qual está à frente há quase oito anos.

Estiveram presentes na reunião o presidente da CDH, Adriano Diogo, os deputados Celso Giglio, Antonio Mentor, Leci Brandrão, Beth Sahão, Marcos Martins, Carlos Alberto Bezerra Junior, Marco Aurélio de Souza.

Durante a reunião, Berenice Giannella foi questionada pelos parlamentares sobre a atuação da Fundação CASA.  Firme nas respostas, a presidente apresentou aos deputados dados estatísticos da instituição dos últimos anos. “Hoje a Fundação atende mais de 9.000 mil jovens nos 143 centros socioeducativos espalhados por todo o Estado de São Paulo. Em 2006, esse número era cerca de 5.900 adolescentes”, destacou Berenice.

A presidente ainda esclareceu a todos que, embora no período de 2006 a 2013 tenha havido um aumento no número de adolescentes internados, as rebeliões caíram drasticamente durante esses anos. Em 2003 foram mais de oitenta rebeliões, 2005 mais de cinquenta, 2012 foram seis e em 2013, somente duas.

Outro dado que também chamou a atenção é o crescimento dos jovens apreendidos por tráfico de drogas, que chega a 41% dos atos praticados pelos adolescentes, seguido por roubo qualificado, 38% dos atos.

Questionada por Adriano Diogo sobre a maioridade penal, Berenice disse que o Brasil já pune os adolescentes a partir dos 12 anos, mesmo que em liberdade assistida. “Há muitos histéricos de plantão que aproveitam a comoção para lucrar, seja a favor ou contra esta discussão”, comentou a presidente.

Ainda conforme a presidente da CASA, “é baixíssimo o percentual de crimes hediondos praticados pelos adolescentes. Por isso, a diminuição da maioridade penal não daria o efeito que muitos esperam”, explicou Berenice.

Questionada por Antonio Mentor sobre o número necessário de servidores nos centros, Berenice destacou que o problema não é tanto a falta de funcionários, visto que sempre há concursos, mas sim de faltosos. Interrogada sobre a construção de novos centros, por Beth Sahão e Celso Giglio, a presidente falou que existe certa resistência da sociedade e das autoridades locais que relutam em ceder terrenos para instituição.


“A descentralização é prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, que determina que o jovem cumpra a medida socioeducativa próxima de sua família”, disse a presidente.

Sobre o tema educação, Berenice disse ao deputado Carlos Alberto Bezerra JR. que pediu ao governador a criação de um programa de atenção integral à criança e ao adolescente em situação de risco. “Os jovens que estão na Fundação CASA são regularmente matriculados em escolas da rede pública, mas 94% deles apresentam defasagem idade/série”, disse a presidente.

Em resposta a deputada Leci Brandão sobre a etnia na Fundação CASA, que chega a 52,67% de pardos e 14,72% de negros entre os internos, Berenice destacou que há atendimento para a população afrodescendente. “O trabalho do Comitê Quesito Cor da Fundação Casa já foi premiado por sua atuação, e é desenvolvido nas 11 divisões regionais da instituição e discute a questão racial e prepara material específico”.

No final, disse aos deputados que daria o orçamento da Fundação CASA para a Educação. “Os juízes determinam as internações, e eu preciso cumprir a determinação e a verba tem de ser destinada para cuidar desses jovens, finalizou Berenice Giannella”.

Proposta do Governador Alckmin

Sobre a proposta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente disse aos deputados e ao público presente que não se trata de redução de maioridade penal. No projeto levado a Brasília, o que é sugerido é um maior rigor com os adolescentes que cometem crimes hediondos, com ampliação do tempo de internação para no máximo oito anos. “Os crimes hediondos são: homicídio qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro, estupro, entre outros”, lembrou Berenice.

http://www.fundacaocasa.sp.gov.br/index.php/noticias-home/2187-presidente-da-casa-vai-a-assembleia-legislativa-de-sp